Essa é uma história sobre dois jovens. Ela se chama Layla e ele é um jovem chamado Qays, mas que ficaria conhecido por toda a eternidade como Majnun, o louco.
Uma noite, Majnun cavalgava errante com seu camelo e de repente avistou um grupo de mulheres belíssimas. Entre elas estava Layla, a mulher por quem Majnun dedicaria o resto da sua existência, e bastou um olhar entre os dois para causar um efeito devastador em Majnun, que se apaixonou desesperadamente. Ele acompanhou as mulheres para o banquete ao qual elas se dirigiam e matou seu camelo em contribuição ao festejo. Layla também se apaixonou por Majnun desde o princípio e ele decide pedir a mão dela em casamento.
Majnun não sabia, mas o pai de Layla já a havia prometido ao homem de nome Ebn-e Salaam e cujo casamento só não se havia realizado ainda pelo fato de Ebn-e Salaam achar que Layla era muito nova ainda, pedindo ao pai dela para aguardar mais alguns anos.
Ao saber disso Majnun desespera-se largando tudo para viver uma vida miserável junto aos animais selvagens. Durante isso, escreve poemas sempre exaltando seu amor por Layla. O pai de Majnun, vendo seu filho em tal estado, resolve fazer levá-lo em uma peregrinação para fazer com que ele se esqueça de Layla. Majnun não consegue tirar Layla de sua cabeça e sua loucura por ela apenas aumenta a cada dia que passa.
Perdido, o pai de Majnun tenta convencer o pai de Layla a deixar que os dois jovens se casem, mas o pai de dela é ainda mais irredutível pois os poemas de Majnun são famosos agora e o pai de Layla considera isso uma afronta à reputação de sua filha. "Nem mesmo um vento passa sem sussurar o nome de minha filha Layla... É preferível matá-la a dar a mão dela a ele".
Ebn-e Salaam casa-se com Layla e ao saber disso, Majnun volta a viver em meio aos bichos, com o coração totalmente devastado e completamente insano. Majnun recusa-se a voltar para casa e conviver com o resto da humanidade. Seu pai morre de tanto desgosto, Majnun é filho único e seu pai amava-o demais para vê-lo em tal situação.
Apesar de estar casada, Layla nunca esqueceu Majnun e o ama ainda mais do que antes. Ao saber da morte do pai de Majnun, corre ao seu encontro. Majnun no entanto está irreversivelmente louco e não a reconhece, apesar de todo o esforço que ela dispende para tentar convencê-lo.
O marido de Layla reconhece então que ela nunca o amará e fica doente e morre em pouco tempo. Layla é agora uma viúva, mas segundo a tradição, uma viúva deve se manter incomunicável por dois anos como luto pelo marido que partiu. O amor de Layla por Majnun é maior do que sempre fora e ela não consegue ficar tanto tempo longe se seu amor. Cada instante longe de Majnun é um sofrimento indescritível. Layla não agüenta e morre.
Majnun fica sabendo da morte da Layla e descobre que o mundo não faz o menor sentido sem a existência dela. Ele vai até o túmulo de Layla e chora. Chora e repete desesperadamente o nome dela, "aos montes ensinando e às ervinhas, o nome que no peito escrito tinhas". Majnun vai se enfraquecendo, até finalmente morrer de tantas lágrimas derramadas e pelo desespero da morte da amada.
Majnun e Layla, c. 1725. Opaque aguarela sobre papel, 11,8 x 16,5 cm. Museus de Arte da Universidade de Harvard, Arthur M. Sackler Museum, Amigos do Fundo Fogg Art Museum, 1971,96. Serviços fotográficos © Presidente e Membros do Colégio de Harvard: Fotos
Curiosidades: "Layla e Majnun" é uma clássica história de amor em árabe, conhecido e amado em toda a Ásia Central. A história original remonta ao século 7. No século 12, Nezami, o poeta de destaque na literatura persa, cria o conto para a trágica história de amor que é muitas vezes comparado a Romeu e Julieta. No Azerbaijão, a história foi adaptada pelo compositor Uzeyir Hajibeyov como uma ópera e encenada pela primeira vez em 1908. Tem sido executadas e gravadas para um público entusiasta, desde então, ea idéia de como o amor malfadado virou o protagonista em Majnun - literalmente, 'louco' - se infiltrou na Central música asiática e da literatura como profunda e permanentemente como o destino trágico de Romeu e Julieta tem permeado a literatura ocidental.
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