terça-feira, 24 de maio de 2011

Um misterioso português na vida de Lola....




Em uma dessas noites de calor, onde a insônia bate no corpo, quase sempre a única alternativa é ligar o computador e navegar na internet...
Lola estava inquieta, fez um chá gelado e ligou o pc, navegou no orkut, facebook, twitter, escreveu no seu blog, e ainda assim o sono não aparecia. Pensou em entrar numa sala de bate papo, e lembrou-se de como era divertido quando era adolescente, e foi quando percebeu há quanto tempo não fazia isso. Pronto recordou-se do nick antigo, algo como “Pantera” ou “Felina”,  e entrou na sala de sua cidade.
Como sempre muitas pessoas querendo fazer ou falar algo pornográfico, ainda mais àquela hora da noite. De repente “ele” entrou na sala, o “Português”e começaram a teclar, parecia legal, disse que estava só e que havia pedido pizza, convidou-a para acompanhar, claro que ela não foi.Se adicionaram no messenger e conversaram alguns dias, trocaram fotos, se conheceram virtualmente.
Lola ficou muito empolgada, entrava no messesger mais frequentemente do que o normal, e se alegrava sempre que ele estava online.Aquele português de barba lisa e negra, não era um galã, e estava longe de ser um sarado, mas ele tinha olhos doces e sorriso misterioso, o que a deixava mais atraente, sempre sabia o que falar, e como ganha-la. Lola estava tão encantada por aquele português que ainda nem tinha visto pessoalmente, pensava nele varias vezes ao dia, e estava ansiosa para se conhecerem pessoalmente. Até que em uma segunda feira no horário de almoço ele a convidou para almoçar, o engraçado é que Lola tinha acabado de almoçar naquele, e havia comido muito, estava satisfeita, mas ela queria tanto  conhece-lo que acabou aceitando assim mesmo.


Quando ele chegou e sorriu, superou todas as expectativas, Lola ficou sem saber nem mesmo o que dizer, pela primeira vez ficou sem palavras logo a garota  que sempre tem uma resposta na ponta da língua pra tudo. Almoçaram Lola almoçou duas vezes, estava super cheia, mas não teve coragem de dizer que já havia comido.
Os dias foram passando e eles se viram outras vezes. Beijaram-se em um dos encontros, pareciam ter uma química muito boa, se amassaram, se agarraram se enroscaram, se entregaram... Durante a noite, quando estava abraçados, Lola se perguntava o que passava pelos pensamentos daquele misterioso homem, o que será que ele poderia estar pensando dela, será que estava pensando que era assim com todos, será? Não, ele também deve ter sentido o que ela sentiu, foi diferente, e essas coisas são raras de acontecer, mas Lola não queria saber de nada, só queria viver aquela romance, aquele tum tum forte no peito, não importa o quanto iria durar, estava sendo maravilhoso...


Depois daquela noite só se viram mais uma vez. Ele viajou e nunca mais a ligou, a bloqueou no messenger, ou até mesmo a tenha excluído. Lola não conseguiu compreender, se sentiu mal, como poderia ter sido tão iludida, como pode se entregar a um estranho, como não conseguiu controlar os estímulos do coração? E em seu pensamentos só ficou a duvida “quem realmente era aquele misterioso português?”. Será que ela o veria novamente? Somente o destino diria...


Layla Ramos

terça-feira, 17 de maio de 2011

A classica História de amor de Layla e Majnum ( síntese)


Como meu nome tambem é Layla, me motivei a buscar por uma sintese do clássico romance árabe de Layla e Majnun, encontrei em um outro blog o melhor resumo do livro. Essa história, reza a lenda, é a que influenciou o cantor Éric Clapton a nomear a musa de sua canção Layla, mas essa é uma outra história que eu contarei em outro post.
 
 
Layla e Majnun


Essa é uma história sobre dois jovens. Ela se chama Layla e ele é um jovem chamado Qays, mas que ficaria conhecido por toda a eternidade como Majnun, o louco.
Uma noite, Majnun cavalgava errante com seu camelo e de repente avistou um grupo de mulheres belíssimas. Entre elas estava Layla, a mulher por quem Majnun dedicaria o resto da sua existência, e bastou um olhar entre os dois para causar um efeito devastador em Majnun, que se apaixonou desesperadamente. Ele acompanhou as mulheres para o banquete ao qual elas se dirigiam e matou seu camelo em contribuição ao festejo. Layla também se apaixonou por Majnun desde o princípio e ele decide pedir a mão dela em casamento.
Majnun não sabia, mas o pai de Layla já a havia prometido ao homem de nome Ebn-e Salaam e cujo casamento só não se havia realizado ainda pelo fato de Ebn-e Salaam achar que Layla era muito nova ainda, pedindo ao pai dela para aguardar mais alguns anos.
Ao saber disso Majnun desespera-se largando tudo para viver uma vida miserável junto aos animais selvagens. Durante isso, escreve poemas sempre exaltando seu amor por Layla. O pai de Majnun, vendo seu filho em tal estado, resolve fazer levá-lo em uma peregrinação para fazer com que ele se esqueça de Layla. Majnun não consegue tirar Layla de sua cabeça e sua loucura por ela apenas aumenta a cada dia que passa.
Perdido, o pai de Majnun tenta convencer o pai de Layla a deixar que os dois jovens se casem, mas o pai de dela é ainda mais irredutível pois os poemas de Majnun são famosos agora e o pai de Layla considera isso uma afronta à reputação de sua filha. "Nem mesmo um vento passa sem sussurar o nome de minha filha Layla... É preferível matá-la a dar a mão dela a ele".
Ebn-e Salaam casa-se com Layla e ao saber disso, Majnun volta a viver em meio aos bichos, com o coração totalmente devastado e completamente insano. Majnun recusa-se a voltar para casa e conviver com o resto da humanidade. Seu pai morre de tanto desgosto, Majnun é filho único e seu pai amava-o demais para vê-lo em tal situação.
Apesar de estar casada, Layla nunca esqueceu Majnun e o ama ainda mais do que antes. Ao saber da morte do pai de Majnun, corre ao seu encontro. Majnun no entanto está irreversivelmente louco e não a reconhece, apesar de todo o esforço que ela dispende para tentar convencê-lo.
O marido de Layla reconhece então que ela nunca o amará e fica doente e morre em pouco tempo. Layla é agora uma viúva, mas segundo a tradição, uma viúva deve se manter incomunicável por dois anos como luto pelo marido que partiu. O amor de Layla por Majnun é maior do que sempre fora e ela não consegue ficar tanto tempo longe se seu amor. Cada instante longe de Majnun é um sofrimento indescritível. Layla não agüenta e morre.
Majnun fica sabendo da morte da Layla e descobre que o mundo não faz o menor sentido sem a existência dela. Ele vai até o túmulo de Layla e chora. Chora e repete desesperadamente o nome dela, "aos montes ensinando e às ervinhas, o nome que no peito escrito tinhas". Majnun vai se enfraquecendo, até finalmente morrer de tantas lágrimas derramadas e pelo desespero da morte da amada.
Majnun e Layla, c. 1725. Opaque aguarela sobre papel, 11,8 x 16,5 cm. Museus de Arte da Universidade de Harvard, Arthur M. Sackler Museum, Amigos do Fundo Fogg Art Museum, 1971,96. Serviços fotográficos © Presidente e Membros do Colégio de Harvard: Fotos

Curiosidades: "Layla e Majnun" é uma clássica história de amor em árabe, conhecido e amado em toda a Ásia Central. A história original remonta ao século 7. No século 12, Nezami, o poeta de destaque na literatura persa, cria o conto para a trágica história de amor que é muitas vezes comparado a Romeu e Julieta. No Azerbaijão, a história foi adaptada pelo compositor Uzeyir Hajibeyov como uma ópera e encenada pela primeira vez em 1908. Tem sido executadas e gravadas para um público entusiasta, desde então, ea idéia de como o amor malfadado virou o protagonista em Majnun - literalmente, 'louco' - se infiltrou na Central música asiática e da literatura como profunda e permanentemente como o destino trágico de Romeu e Julieta tem permeado a literatura ocidental.