segunda-feira, 19 de setembro de 2011



A vida soprou um vento frio que me trouxe folhas secas do passado..... recordações que eu nem mais recordava... a vida me mostrou em seu vento que as coisas especiais sempre voltam a nossa lembrança com saudades, que os romances nunca esfriam quando duram o suficiente pra ser imortais... que amar faz muito bem quando não se faz uso de gaiolas e cadeados sentimentais, quando se liberta... dizer adeus pode ser difícil, mas necessário...


(Layla Ramos)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sonhos e Pães ( o garotinho com uma rosa nas mãos)

-Querida coloque o seu melhor vestido e vamos passear! - Exclamou com euforia o jornaleiro Eleutério - Hoje compre 3 sonhos em um garoto e quero vive-los.
A mulher olhou espantada toda aquela empolgação por algo tão surreal e disse:
- Meu velho você deve estar ficando caduco mesmo.
- Amália, me diga qual o seu maior sonho e ele pode acontecer! Hoje quando fechei a banca de jornais, o sol ainda estava alto, não havia nada de especial no dia, exceto por um garotinho muito magro que parecia brilhar naquele sol, ele tinha roupinhas sujas, e uma rosa nas mãos, ele parecia não possuir mais do que pele e ossos. Havia grande multidão ao seu redor, e ele falava empolgadamente sobre sonhos, e sempre que falava olhava para a rosa em suas mãos, ele a admirava como se fosse única, e a todos que perguntassem o porquê daquela rosa ele dizia: "Esta é uma rosa mágica, ela realiza todos os meus sonhos, traga-me pão e eu lhe concedo um pedido como mágica!!!!" Aquele garoto falava com tanta convicção que todos lhe compravam sonhos por pão. Eu mesmo comprei 3 sonhos!!!!

Eleutério e Amália, naquela noite, saíram com seus melhores trajes e foram apreciar a lua a beira da praia, se amaram como há anos não faziam...

E na manhã seguinte a rua inteira estava pasma com as notícias, onde estava o garotinho mágico?

Eleutério perguntou a um gari q trabalhou durante a madrugada e ele respondeu:

-Senhor o garotinho e sua rosa foram detidos pelas "autoridades", só Deus pode saber onde estão!

-Mas por que tamanha injustiça com a pobre criança... (perguntou Eleutério)

O gari apenas balançou a cabeça e respondeu:

- Senhor... ainda não entendeu? Esse país não foi feito para garotinhos que convencem pessoas a trocar pães por sonhos concedidos por uma rosa...



(por Layla R S Ramos)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

'Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?'



"Naquele dia, ao cair da tarde, Jesus disse aos seus discípulos: 'Passemos para a outra margem.' Eles despediram a multidão e levaram Jesus do jeito como estavam, consigo no barco, e outros barcos o acompanhava. Veio então uma ventania tão forte que as ondas se jogavam dentro do barco e este se enchia de água. Jesus estava na parte de trás, dormindo, sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e disseram-lhe: 'Mestre, não te importas que estejamos perecendo?' Ele se levantou e repreendeu o vento e o mar: 'Silêncio, cala-te!' O vento parou e fez-se uma grande calmaria. Jesus disse-lhes então: 'Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?' Eles sentiram um grande temor e comentavam uns com os outros: 'Quem é este a quem obedecem até o vento e o mar?' "


Se você pula do barco porque está cansado, abandona tudo, cansado de rezar, cansado de esperar e pula do barco, você não faz a experiência de um Deus que às vezes dorme, que às vezes demora a agir, mas que está dentro do barco. O que eu peço ao Senhor neste momento é que retire de nós todo o medo, todo o desespero.. Eu não sei o que você está vivendo, não sei o que você vive, mas com certeza você tem uma história para contar. E sabe me contar das tempestades, das ventanias, das ondas fortes que quiseram afogar o seu barco, o seu casamento, a sua família, sua juventude, seu emprego.. Ah, sim, você tem história pra contar. Mas conta pra mim, reconheça no seu coração às vezes que você, diferente dos discípulos, teve fé e talvez pequenininha, do tamanho de um grão de mostarda, você acreditou! Jesus na hora certa se levantou. Agora se você ainda não fez essa experiência, fica no barco, permanece aí. Ele está dormindo, mas já vai acordar! E Ele tudo fará, se você acreditar. Não deixe o seu barco, Ele vai dar ordens ao vento e a tempestade irá cessar!

Espera no Senhor - Eliana Ribeiro ♪







Espera no senhor
Mesmo quando a vida pedir de ti mais do que podes dar
E o cansaço já fizer teu passo vacilar
Espera no senhor
Mesmo se a solidão teu peito machucar
E te der vontade de ir embora e tudo abandonar
Espera no senhor
Há um Deus que te ama e ele tudo pode transformar
Seu amor te sustentará, espera n'Ele
E ele tudo fará, tudo fará!!!!!!


As coisas de Lalá: Caixinha de Música

As coisas de Lalá: Caixinha de Música: "Do romantismo não se lembram, Cartas de amor não mais são escritas Já não mais presenteiam com caixinha de música... Éh... caixinha de mú..."

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Caixinha de Música

Do romantismo não se lembram,
Cartas de amor não mais são escritas
Já não mais presenteiam com caixinha de música...
Éh... caixinha de música
Aquelas com bailarinas ou cisnes,
os namorados não levam flores,
e muito menos bombons!
As serenatas?

Essas foram esquecidas com o tempo...
Musicas e tocadores desaparecendo...

As moças não esperam na janela por uma amor
e em sua maioria nem creem nele!
tudo agora é BREGUICE, CARETICE, CAFONICE...
Nada mais é lindo,
...e nem belo
As três palavras mais lindas:
EU AMO VOCÊ!!!
Até ELAS foram esquecidas no tempo!
São ditas sem sentimentos.

E agora eu encerro:
Quer saber cansei de procurar o amor,
Acho até que ele desapareceu mesmo,
Quem sabe nunca tenha existido....
... e ai de quem me trouxer flores, caixinha de música ou de bombom...
é que sou até capaz de me apaixonar pelo ousado!



(Letra e Música de  Layla R S Ramos, criada em  2004) 

sábado, 25 de junho de 2011

Tem uma borboleta em meu nariz


Tem uma borboleta pousando em meu nariz!


Tudo começou há algumas semanas, o dia amanheceu eu abri os olhos e lá estava  ela, bem  na ponta do meu nariz,  com aquelas perninhas finas sustentando as asinhas aveludadas e amarelas, por incrível que pareça uma borboletinha amarela pousou em meu nariz...




Passei o dia encantada com esse fato, me senti especial por ter recebido o beijo de uma borboleta logo cedo. De noite, quando voltei ao meu quarto, não vi mais a borboletinha por lá, “claro que ela deve ter voado pra sua casinha”, foi o que pensei na hora, mas depois que me deitei olhei pro teto e ela ainda estava lá. Poderia ter voado pra longe se quisesse, pois as janelas estavam abertas, mas ela ainda estava lá, e ficou em meu quarto por várias noites, encantando os meus dias com tanta beleza. Parecia até que tínhamos uma ligação natural, aquela borboletinha me deixava muito feliz com sua companhia. Uma noite ao me deitar olhei pra minha amiga borboleta e desejei uma boa noite, foi a ultima vez que a vi...


Deus faz as coisas muito perfeitas, e eu devo agradecê-Lo, porque nunca vou me esquecer dessa experiência, que parece ser muito simples, ou até mesmo boba, mas que foi infinitamente especial, e hoje me sinto encantada.
Depois disso passei a observar as borboletas e tenho aprendido muito com elas, sempre podemos ver sua beleza, mas as vezes não lembramos de toda aquela metamorfose  pela  qual elas passaram até chegar nessa fase toda colorida que embeleza nossos olhos.

As borboletas saem de seus ovinhos com aspecto nojento de uma lagarta, entram pra sua pupa onde ficam por seis meses sem se alimentar. Até chegarem ao momento de se transformarem naquela linda borboleta, passam por um processo muito doloroso. E nós vemos apenas o hoje da borboletinha radiante ignorando totalmente a importância de o todo resto.
A cada dia em nossa vida acontece a mesma coisa. Queremos muito conquistar nossas vitórias, mas para que isso aconteça temos que tomar algumas decisões, assumir algumas atitudes, renunciar coisas amadas, e passar por processos muitas vezes difíceis e dolorosos. Pois não é de uma hora pra outra que conseguimos.
E essa metamorfose dói... esse processo dói muito, a ponto de querermos desistir e achar que não vamos conseguir... Porém em Deus somos mais que vencedores, e podemos TUDO, só é preciso lembrar sempre que a vitória não foi fácil, mas valeu mesmo a pena, pois a vitória é uma Linda Borboleta de asas radiantes!!!!



"o segredo é não correr atrás das borboletas...
É cuidar do jardim para que elas venham até você."





(Layla Ramos)

terça-feira, 24 de maio de 2011

Um misterioso português na vida de Lola....




Em uma dessas noites de calor, onde a insônia bate no corpo, quase sempre a única alternativa é ligar o computador e navegar na internet...
Lola estava inquieta, fez um chá gelado e ligou o pc, navegou no orkut, facebook, twitter, escreveu no seu blog, e ainda assim o sono não aparecia. Pensou em entrar numa sala de bate papo, e lembrou-se de como era divertido quando era adolescente, e foi quando percebeu há quanto tempo não fazia isso. Pronto recordou-se do nick antigo, algo como “Pantera” ou “Felina”,  e entrou na sala de sua cidade.
Como sempre muitas pessoas querendo fazer ou falar algo pornográfico, ainda mais àquela hora da noite. De repente “ele” entrou na sala, o “Português”e começaram a teclar, parecia legal, disse que estava só e que havia pedido pizza, convidou-a para acompanhar, claro que ela não foi.Se adicionaram no messenger e conversaram alguns dias, trocaram fotos, se conheceram virtualmente.
Lola ficou muito empolgada, entrava no messesger mais frequentemente do que o normal, e se alegrava sempre que ele estava online.Aquele português de barba lisa e negra, não era um galã, e estava longe de ser um sarado, mas ele tinha olhos doces e sorriso misterioso, o que a deixava mais atraente, sempre sabia o que falar, e como ganha-la. Lola estava tão encantada por aquele português que ainda nem tinha visto pessoalmente, pensava nele varias vezes ao dia, e estava ansiosa para se conhecerem pessoalmente. Até que em uma segunda feira no horário de almoço ele a convidou para almoçar, o engraçado é que Lola tinha acabado de almoçar naquele, e havia comido muito, estava satisfeita, mas ela queria tanto  conhece-lo que acabou aceitando assim mesmo.


Quando ele chegou e sorriu, superou todas as expectativas, Lola ficou sem saber nem mesmo o que dizer, pela primeira vez ficou sem palavras logo a garota  que sempre tem uma resposta na ponta da língua pra tudo. Almoçaram Lola almoçou duas vezes, estava super cheia, mas não teve coragem de dizer que já havia comido.
Os dias foram passando e eles se viram outras vezes. Beijaram-se em um dos encontros, pareciam ter uma química muito boa, se amassaram, se agarraram se enroscaram, se entregaram... Durante a noite, quando estava abraçados, Lola se perguntava o que passava pelos pensamentos daquele misterioso homem, o que será que ele poderia estar pensando dela, será que estava pensando que era assim com todos, será? Não, ele também deve ter sentido o que ela sentiu, foi diferente, e essas coisas são raras de acontecer, mas Lola não queria saber de nada, só queria viver aquela romance, aquele tum tum forte no peito, não importa o quanto iria durar, estava sendo maravilhoso...


Depois daquela noite só se viram mais uma vez. Ele viajou e nunca mais a ligou, a bloqueou no messenger, ou até mesmo a tenha excluído. Lola não conseguiu compreender, se sentiu mal, como poderia ter sido tão iludida, como pode se entregar a um estranho, como não conseguiu controlar os estímulos do coração? E em seu pensamentos só ficou a duvida “quem realmente era aquele misterioso português?”. Será que ela o veria novamente? Somente o destino diria...


Layla Ramos

terça-feira, 17 de maio de 2011

A classica História de amor de Layla e Majnum ( síntese)


Como meu nome tambem é Layla, me motivei a buscar por uma sintese do clássico romance árabe de Layla e Majnun, encontrei em um outro blog o melhor resumo do livro. Essa história, reza a lenda, é a que influenciou o cantor Éric Clapton a nomear a musa de sua canção Layla, mas essa é uma outra história que eu contarei em outro post.
 
 
Layla e Majnun


Essa é uma história sobre dois jovens. Ela se chama Layla e ele é um jovem chamado Qays, mas que ficaria conhecido por toda a eternidade como Majnun, o louco.
Uma noite, Majnun cavalgava errante com seu camelo e de repente avistou um grupo de mulheres belíssimas. Entre elas estava Layla, a mulher por quem Majnun dedicaria o resto da sua existência, e bastou um olhar entre os dois para causar um efeito devastador em Majnun, que se apaixonou desesperadamente. Ele acompanhou as mulheres para o banquete ao qual elas se dirigiam e matou seu camelo em contribuição ao festejo. Layla também se apaixonou por Majnun desde o princípio e ele decide pedir a mão dela em casamento.
Majnun não sabia, mas o pai de Layla já a havia prometido ao homem de nome Ebn-e Salaam e cujo casamento só não se havia realizado ainda pelo fato de Ebn-e Salaam achar que Layla era muito nova ainda, pedindo ao pai dela para aguardar mais alguns anos.
Ao saber disso Majnun desespera-se largando tudo para viver uma vida miserável junto aos animais selvagens. Durante isso, escreve poemas sempre exaltando seu amor por Layla. O pai de Majnun, vendo seu filho em tal estado, resolve fazer levá-lo em uma peregrinação para fazer com que ele se esqueça de Layla. Majnun não consegue tirar Layla de sua cabeça e sua loucura por ela apenas aumenta a cada dia que passa.
Perdido, o pai de Majnun tenta convencer o pai de Layla a deixar que os dois jovens se casem, mas o pai de dela é ainda mais irredutível pois os poemas de Majnun são famosos agora e o pai de Layla considera isso uma afronta à reputação de sua filha. "Nem mesmo um vento passa sem sussurar o nome de minha filha Layla... É preferível matá-la a dar a mão dela a ele".
Ebn-e Salaam casa-se com Layla e ao saber disso, Majnun volta a viver em meio aos bichos, com o coração totalmente devastado e completamente insano. Majnun recusa-se a voltar para casa e conviver com o resto da humanidade. Seu pai morre de tanto desgosto, Majnun é filho único e seu pai amava-o demais para vê-lo em tal situação.
Apesar de estar casada, Layla nunca esqueceu Majnun e o ama ainda mais do que antes. Ao saber da morte do pai de Majnun, corre ao seu encontro. Majnun no entanto está irreversivelmente louco e não a reconhece, apesar de todo o esforço que ela dispende para tentar convencê-lo.
O marido de Layla reconhece então que ela nunca o amará e fica doente e morre em pouco tempo. Layla é agora uma viúva, mas segundo a tradição, uma viúva deve se manter incomunicável por dois anos como luto pelo marido que partiu. O amor de Layla por Majnun é maior do que sempre fora e ela não consegue ficar tanto tempo longe se seu amor. Cada instante longe de Majnun é um sofrimento indescritível. Layla não agüenta e morre.
Majnun fica sabendo da morte da Layla e descobre que o mundo não faz o menor sentido sem a existência dela. Ele vai até o túmulo de Layla e chora. Chora e repete desesperadamente o nome dela, "aos montes ensinando e às ervinhas, o nome que no peito escrito tinhas". Majnun vai se enfraquecendo, até finalmente morrer de tantas lágrimas derramadas e pelo desespero da morte da amada.
Majnun e Layla, c. 1725. Opaque aguarela sobre papel, 11,8 x 16,5 cm. Museus de Arte da Universidade de Harvard, Arthur M. Sackler Museum, Amigos do Fundo Fogg Art Museum, 1971,96. Serviços fotográficos © Presidente e Membros do Colégio de Harvard: Fotos

Curiosidades: "Layla e Majnun" é uma clássica história de amor em árabe, conhecido e amado em toda a Ásia Central. A história original remonta ao século 7. No século 12, Nezami, o poeta de destaque na literatura persa, cria o conto para a trágica história de amor que é muitas vezes comparado a Romeu e Julieta. No Azerbaijão, a história foi adaptada pelo compositor Uzeyir Hajibeyov como uma ópera e encenada pela primeira vez em 1908. Tem sido executadas e gravadas para um público entusiasta, desde então, ea idéia de como o amor malfadado virou o protagonista em Majnun - literalmente, 'louco' - se infiltrou na Central música asiática e da literatura como profunda e permanentemente como o destino trágico de Romeu e Julieta tem permeado a literatura ocidental.